mais uma noite tão solitário e carente
feito uma estrela cadente
que lá do céu despencou,
aqui estou
desfiando com desvelo
as dores de cotovelo
que a vida me reservou !
o que seria do poeta
se não fosse a solidão
cantada em desencanto
nas cordas de um violão,
entre acordes dissonantes
entre suspiros dolentes
de uma paixão constante
que ele finje que não sente.
(quer fugir
(mas não tem jeito
(a vida é uma correnteza,
(sufoca o pranto no peito
(calejado de tristeza !