AC DE PAULA
Dom Quixote Tupiniquim
Textos
POLICROMIA !

nas raias do silogismo,
na essência da premissa,
todo poeta é mortal.
na falsidade da recíproca
nem todos os homens sonham!

esta vida é um carnaval,
abram alas pra folia,
para gáudio da alegoria,
estamos no mesmo barco,
num pseudo mar-de-rosas,
remando contra a maré!

tem gente
tropeçando de alegria,
nos pedaços prateados de luar,
e as asas da imaginação,
arranhando-se nas arestas
da ilusória liberdade!

borboletas voam razante
por sôbre as flores das galáxias,
o gatinho sem pedigree, devorou
o peixinho banhado a ouro,
que nadava infeliz no espaço
escasso do límpido aquário!

tudo preparado, lá em cima
no infiníto, estrelas
estão piscando sensuais
para os vavaleiros da guarda de honra
da corte do astro-rei!

dez...nobe...oito...sete...,
iniciou-se a contagem regressiva
para mais um lançamento,
na plataforma das necessárias
ilusões, e cada vez mais
se aproxima, a hora exata, fatal!

seis...cinco...quatro...,
só o que resta é a esperança
de ainda poder esperar!

três...dois...um (FÍRE)
(o eterno condicionamento)
e parte a nave prateourada
deixando atrás de sí,
um rastro vermelhicrômico,
que um poeta desavisado
chamaria de; saudade!!!

a TV vai convocando
todospara a passeata,
a mentira disvirtua,
comprovou o astronauta,
que a lua não é queijo,
e nem luar é de prata!

e o cacique prometendo,
felicidade global,
desfraldando a bandeira,
da esperança tropical,
e o sabiá já não canta,
na acrílica palmeira
desta mata aristocrata!

Antonio Carlos de Paula
poeta e compositor

AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 28/12/2005
Alterado em 01/06/2007
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