VENENO !
quero viver de poesia
mas a realidade não deixa
- vai trabalhar vagabundo,
ou então, cresça e apareça !
viver de rimas e estrofes,
voando tal colibrí,
é coisa para quem pode,
tem talento e pedigree !
boa vontade não basta,
muito menos, a inspiração,
a concorrência é vasta,
e a realidade devasta
minha tola pretensão !
a poesia tem seus critérios,
seus macetes, seus mistérios,
seus signos, e seus estilos,
e eu não posso viver dela,
vivo à margem paralela,
e o meu veneno, distilo !
antonio carlos de paula
poeta e compositor
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 20/02/2008