ADAPTAÇÃO
ADAPTAÇÃO
Nada na vida é eterno, o antigo já foi moderno, saudade já foi paixão, depois das folhas caídas pelos outonos da vida, flores multicoloridas na primavera virão, sempre haverá o inverno e com certeza, o verão.
Na vida impera a barganha, ela bate e a gente apanha até que aprende o revide, e tenta equilibrar o jogo. E com a alma calejada de tanto levar porrada, as vezes a gente aprende a dançar conforme a música.
Valsa, salsa, ou bolero, marchinha mamãe eu quero, quero meu bloco na rua, violões em serenatas, tem sabiá laranjeira, funk, rap, hip hop, baião e rock pauleira.
Nessa rua mora um poste, se essa rua fosse minha, não ia ter ladainha e nem barriga me dói, quando a saudade maltrata tem gente que chuta lata, a baixa estima corrói. Por isso muito cuidado com a sua atitude, pode ser que tudo mude sem que a gente se dê conta.
A eternidade é passageira, só viaja de primeira, ou na classe executiva, por isso é bom preparar o corpo e também a mente, e depois não se lamente , tudo faz parte da vida.
Os rituais e seus ritos, a história e seus mitos,
os dogmas e os conflitos, caviar ou ovo frito, o ocorrido acontece, o escondido aparece, o segredo se revela, e a novela da vida segue com altos índices de audiência, aguardando as ilusões camuflando as aparências.
E na essência se esconde a decência verdadeira, que apenas só responde ao impulso incontrolável que a cada um corresponde, sem partido sem bandeira.
E a saga continua, ou a gente desfila na banda, ou bate palmas pra ver a banda passar, não se iluda, tudo muda. A cada instante um novo cenário, e a gente banca o otario quando não quer recomeçar.
Tapar o sol com a peneira nunca foi a solução, enfrente a fera de frente, com coragem, cara a cara, a virtude é coisa rara aliada da razão, quem não pode ser a fera aprende a ser camaleão.
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 12/05/2025