TEMPOS MODERNOS
TEMPOS MODERNOS AC de Paula SP
Respeito é a palavra que se destaca em tempos de novo normal, e de forma globalizada a adaptação às mudanças se faz necessária, e não me refiro apenas ao novo normal fruto da mortal pandemia. Estruturalmente todo ser humano deve curvar-se a essa realidade, e é certo que assim como a educação, ele também deve, ou deveria vir do berço, mas sabemos que nem sempre isso acontece.
A prática inerente ao conjunto de diferenças e valores compartilhados socialmente e os diferentes modos de percepção, são imprescindíveis para a vida em sociedade. A falta de habilidade ou de vontade em reconhecer e respeitar diferentes crenças, escolhas e opiniões, caracteriza a intolerância que cada vez mais se mostra, digamos, fora de moda!
Hoje não importa, ou não deveria importar, se o outro tem a pele preta, branca, amarela ou vermelha, se ele torce para um clube diferente do seu, se ele é católico praticante que não perde as missas de domingo, se ele bate cabeça no terreiro para saudar seus Orixás, se ele é evangélico que ora e canta seus hinos de louvor, se ele pratica qualquer outra atividade religiosa, ou se ele seja declaradamente ateu.
Não importa também se a ideologia política do outro colide frontalmente com a sua, é preciso não se auto proclamar dono da verdade, e achar que você está certo, contra tudo e contra todos. Não há, ou não deveria haver, nenhum espanto ou aversão no que tange aos atuais relacionamentos amorosos, no entanto, o respeito deve também ser observado pelos casais formados por ele e ela, ele e ele, ela e ela, nas demonstrações exageradas e explícitas de comportamento íntimo, que até mesmo por ser íntimo, não convém que seja exercitado publicamente por nenhum tipo de casal.
Outrossim, em tempos modernos cada um é o que é, sem a necessidade de esconder sua opção, mas também não é necessário literalmente esfregá-la na cara da sociedade com comportamento que demonstra uma imaturidade um tanto quanto afrontosa.
Não importa se outro veste rosa, azul, roxo, vermelho ou rosa choque, e todos sabem que mesmo sendo todos iguais aos olhos da lei, sempre existe quem seja considerado mais igual que outros, e isso é claro, não vai mudar tão cedo, ou talvez nunca.
Em tempos de novo normal é bom não esquecer que ninguém tem procuração divina para julgar comportamentos! O autor é poeta, compositor e dramaturgo
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 25/09/2020