Em resposta ao amigo poeta Roberto Ferreira Dos Santos Roberto Ferreira Dos Santos

De Embu das Artes SP para o mundo, passando antes pelo Engenho da Rainha RJ

Até que falou bonito mas porém não me convence,
É notório você sabe que em galope e cantoria,
Faço escurecer o dia, e nele ninguém me vence,
Vou aparar suas garras, eu tão fácil não me entrego,
No quadrão e no repente você é apenas um prego,
Bato prego sem estopa, sou indigesto e não nego.
Diz que conhece a estrada e o tal itinerário,
Eu vou te deixar perdido e com cara de otário!

De fama não mais preciso, pois de há muito já a tenho,
Se me enfrentar na peleja vai ter que aguentar o lenho,
Deste seu atrevimento eu não vou poder ter pena,
Vai se lascar no meu mote, pra não esquecer anote,
Vai perder o rumo, o norte, pois talento não é sorte,
E melhor que se comporte, ou vais é sair de cena,
Sem pena, dó nem clemência, o castigo se avizinha,
E vais perder o seu prestígio no Engenho da Rainha!

Eu também não faço a guerra, e dela não me escondo,
Se me chamar eu respondo, deblaterar me apraz,
Não adulo o seu lamento, carente, sem consistência,
Não me falta competência, se aprume meu rapaz,
Varada, vergonha e peia, é só o que vais levar,
Cantastes na Casa Branca? Onde está o seu decoro,
Fui chamado pelo Obama, você nem cantou no coro,
Convidado a ser ministro? Só se era o da mentira,
Minha fama é global, e ela ninguém me tira,
Cantaste no Vaticano com cardeais iminentes ?
Nem sequer ficas vermelho, minha nossa como mentes!

Cantou pra reis e rainhas, de viola em bandoleira?
Foi nos confins do Irajá, Bangu, Xerém,  Madureira,
Sua tal Faixa de Gaza tinha mísseis e canhão?
Eram só balas perdidas de cano de trezoitão,
Nas mentiras és valente, tens o talento de um gênio,
As bombas da sua guerra, eram só gás lacrimogênio,
Eu vou parar por aqui, mas é bom ficar atento,
Meu poema e o meu canto, våo por  onde bate o vento,
Me desculpe meu amigo, se a minha rima gorjeia,
Nas imperiais palmeiras do seu castelo de areia!

AC de Paula
#poetaacdepaula