AC DE PAULA
Dom Quixote Tupiniquim
Textos
 UM PASSEIO PELO CD ESTRADAS & CANÇÕES
                         O poeta empunha o violão como se fosse um fuzil e se manifesta  inconformado “... ah! eu estudei pra ser doutor mas a vida me fez cantor, e se alguns não dão valor, eu valho por ser verdadeiro...”. Enquanto isso o violeiro dá a mágica receita ”...abracadabra, pé de anjo, pé de cabra, e um galho de arruda pro diabo escafeder...”. 
 

                       A declaração firme e forte que “...de tanto andar pelas estradas de mim...” se curva à suavidade da voz que pede quase em súplica que “... ao sair apague a luz, feche a porta devagar...”,  sem se importar com o alerta que diz : “...minha canção afiada é espada de samurais, meu poema é um elefante numa loja de cristais...”.

                   A“... flor caída  escondida na semente...”    chora  nas vozes entrosadas e melodiosas, e sem dúvida alguma outro cantor  sabe exatamente que “...o que faz você sofrer demais, é ver seu mundo lá traz quase sem chão...”.

                           Enquanto a voz grave e sonora parece “... um girassol procurando uma fresta no dia cinzento...”,  outra voz suave afirma que “...assim eu decretei, o universo é sua mão...”,   sem saber que “...logo eu que sempre fui oito ou oitenta...”          , “...tento segurar as lágrimas pra não chorar...”  enquanto alguém pede “...vem ouvir o som das águas, violeiro...”

                           A “...estrela do mar me levou pra conhecer outros mares...”, exatamente quando a realidade e rebeldia gritava ; “...dá-lhe moleque, moleque esperto, nasceu sem lua, nasceu pra se virar...” mas todos sabem que “...o silêncio ataca, o silêncio mata tão silenciosamente...”                e não importa que que alguém  possa “...trazer nas mãos o riso, o pranto,  o joio, o trigo, o jogo e a sedução...” mesmo que se tenha “...no chão um pé de eu te quero, noutro um pé  de te espero...”

                           E quando a gente se dá conta nem sabe “...o que foi que aconteceu, os sinos já não tocam e os pássaros pararam de cantar...” e a gente se vê frente a “..uma cadeira vazia do outro lado da mesa...”,  quem será que “...virara nos cantos da sala e se transformara em uma qualquer...”     

                       Tem muita “...zoeira na beira da mata  tem       bicho lá... porém “... os seus olhos tem a cor de um sonho...”,  “...menina cor de canela,  rainha da passarela do coração...” que sonha com “...a brisa fresca da manhã...” enquanto a
“...viola chora história e raiz...” ,  “...por entre estradas e canções...”! 

AC DE PAULA
 
 
 
                              
 
 
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 23/10/2015
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