alguma coisa acontece
lá pros lados do planalto
com motivos e razão,
se o delatar apetece,
o silêncio é uma prece
que ecoa igual trovão!

qual folha ao sabor do vento,
se muda a cada momento,
da delação, a versão!

ontem;
eu não sei de nada,
parece, ouvi dizer!

hoje;
foi propina com certeza,
é verdade, podem crer!

e entre o foi e o não é,
ninguém dá tiro no pé
e tem muita gente até,
que no grito e no berro
jura inocência sem fim!

o planalto é abençoado
cheio de seres alados,
meigos anjos, querubins!

AC de Paula

INTERAÇÃO DO AMIGO E POETA F.SANTOS
Entre anjos,/querubins//delatado e delator//entre o espinho e a flor//deputado e senador//por esse planalto sem fim//vai levando a camarilha//e de propina em propina//vão enganando a lauta//e pra dizer que não sou bom de rima//eu os declaro uns FDP'S