XEQUE-MATE !
não tenho medo de Navalha,
Furacão, nem Xeque Mate,
não tenho imunidades,
contemplo as impunidades,
vou me virando às tontas!
não tenho nenhum lobysta
pra pagar as minhas contas !
não sou figura marcante
do tal cenário político,
não sou pivô de escandalos,
meu nome não está na lista
de laranjas, ou golpistas !
por hábito ou teimosia,
ainda mantenho o sorriso,
não tenho grana guardada
nos tais fiscais paraísos!
atendo ao telefone
celular, de casa ou trampo
na maior, de cara limpa,
não tenho medo de grampo !
na consciência tranquila
não carrego nenhum peso,
não temo polícia ou justiça
pois não tenho o rabo preso!
gentil pátria minha à mingua!
na luta do dia a dia,
à trambiques não me presto,
faço a minha correria
de pobre, porém honesto,
que de inverno à inverno
da labuta não se queixa,
e que quando bater com as dez,
vai direto para o inferno
só pra largar de ser besta !
antonio carlos de paula
poeta e compositor