AC DE PAULA
Dom Quixote Tupiniquim
Textos
COLAR DE MISSANGA
eu fiz um samba manêro
e disse logo ao parceiro:
"olha que samba legal!"
eu vou sair da corda bamba,
vou inscerever este samba
em tudo que é festival!
opinião eu respeito,
mas bateu forte no peito
aquela pancadaria,
foi mesmo um tiro no pé,
ele afogou minha fé,
num balde de água fria!
o samba é pobre de rima,
a harmonia não prima
pelo prescrito preceito,
a melodia é fraca,
chutou o pau da barraca,
perdi a ginga e o jeito!
não tem nenhum manifesto,
não tem verso de protesto,
para agitar a galera,
não vai passar o recado,
nem conquistar os jurados,
e aí o samba já era!
mas Vovó Baiana, que orgulho,
disse, zifíu eu lhe juro,
tem que acreditar na sorte.
juro pelo meu colar de missanga,
se alguém gravar esse samba,
vai estourar lá no norte!
AC de Paula
poeta e compositor
eu fiz um samba manêro
e disse logo ao parceiro:
"olha que samba legal!"
eu vou sair da corda bamba,
vou inscerever este samba
em tudo que é festival!
opinião eu respeito,
mas bateu forte no peito
aquela pancadaria,
foi mesmo um tiro no pé,
ele afogou minha fé,
num balde de água fria!
o samba é pobre de rima,
a harmonia não prima
pelo prescrito preceito,
a melodia é fraca,
chutou o pau da barraca,
perdi a ginga e o jeito!
não tem nenhum manifesto,
não tem verso de protesto,
para agitar a galera,
não vai passar o recado,
nem conquistar os jurados,
e aí o samba já era!
mas Vovó Baiana, que orgulho,
disse, zifíu eu lhe juro,
tem que acreditar na sorte.
juro pelo meu colar de missanga,
se alguém gravar esse samba,
vai estourar lá no norte!
AC de Paula
poeta e compositor
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 07/11/2014
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