pra começo de conversa,
carece de lhe avisar,
que jamais pedi arrego
que dirá colher de chá ,
sou fogo e nao centelha
faço o que me der na telha,
não tomo mel, como abelha
e não sou de perdoar,
quem bate na minha porta
e nao saúda o meu congá!
ora, nao tem cabimento
todo o seu palavreado
pra mim é papo furado
nao queira pagar pra ver,
você faz tipo, faz cena,
diz que quer sangue na arena,
bem da cabeça nao bate,
e nem vai bem do miolo
e na verdade o seu sangue
e só molho de tomate!
nao sou de pedir perdão
também dele nao preciso
eu tenho ciso e juízo
canto em qualquer freguesia,
nao mudo de profissão
está escrito nas estrelas
e no mapa das profecias,
e em cada estrela que brilha
la no Cruzeiro do Sul,
faço a noite virar dia,
e corre nas minhas veias
o sangue azul da poesia!
não cheguei desavisado
estou ligado e alerta
não jogo conversa ao léu,
e só onde o braço alcança
eu coloco o meu chapéu ,
era quente a sua chapa
jacú nhambú se enxergue,
eu faço o seu desafio
virar gelo de icebergue !
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 11/03/2013
Alterado em 12/03/2013