NA HORA DO TIRA TEIMA!
seu Zé Uóston eu conheço
de outros tantos carnavais,
poeta a quem tenho apreço,
faz coisas que ninguém faz,
escreve rima e poesia,
por entre os canaviais,
destreza não se presume,
faz de estrelas, vagalumes
nas plagas celestiais!
fiz nove versos rimados
mas não perdi a tenência,
vou de nove, vou de oito,
destemido e afoito,
e para seu Zé Uóston
deixo a minha reverência,
de poeta, rato e louco,
todo mundo tem um pouco,
eu louvo a santa demência!
Seu F Santos eu lhe digo
com firmeza e com razão,
olhe além do seu umbigo,
viver é correr perigo,
procure logo um abrigo
ou senão meu nobre amigo,
vais arrumar confusão,
nunca se deixe fisgar
pelo anzol da paixao!
santo poeta São Beto
que de santo nada tem,
quando ele está por perto,
se liga, lá vem o trem,
bom de papo, cerva e samba,
é a corda e a caçamba,
chega na roda de samba,
não tem pra quase ninguém!
passa boi passa boiada
e água embaixo da ponte,
email é carta selada
que veio lá do horizonte,
se for bem feito o poema,
eu não me enrosco no tema,
vira lição, vira aula,
na hora do tira teima
só vai dar AC de Paula!
estava quieto no meu canto
tenho cá os meus defeitos
de repente, no entanto,
usaram meu santo nome,
desaforo eu não aceito,
por razão e por direito
talento não se presume,
eu tenho um certo renome!
AC de Paula
poeta e compositor
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 07/03/2013