AC DE PAULA
Dom Quixote Tupiniquim
Textos
CORINGA!
vou entrar nessa peleia
ver o diabo de perto,
começou a brincadeira,
disse o poeta são Beto,
eu rimo nos quatro cantos,
ares, mares, terras, céus,
me desculpem F.Santos,
Ana Maria, e Dunguel!
vejo gente muito boa
frequentando esse espaço,
por isso não venho a toa,
trago espora, faca, e laço,
minha rima não é fraca
no verso eu desembaraço,
laço, trago, espora e faca,
eu nunca perco o compasso!
vou revelar um segredo:
saudade mandou lembrança,
muita paixão, nenhum medo,
e eu entro nessa dança,
e verso assim do meu jeito
descarado e atrevido,
podem até achar defeito,
de nada disso eu duvido!
eu tenho o corpo fechado,
meu coração não tem tranca,
vive sempre apaixonado
e às vezes bota banca,
eu também finjo que canto,
minha voz não desafina,
para seduzir os encantos,
das donzelas, das meninas!
vou até o fim do mundo
se acaso preciso for,
nado no raso e no fundo,
mergulho em águas de amor,
me seguro no repente,
não sou nenhum vacilão,
quem quiser que se apresente,
tenho um verso sempre à mão!
bruxa, duende, gnomo,
se der um nó eu desfaço,
da laranja eu quero um gomo,
se for azeda, eu disfarço,
eu não sei fazer discurso,
no repente eu me garanto,
não perco a rota ou o curso,
é só dar o tom, que eu canto!
lenha se amarra em feixe,
caiaque não é canoa,
caranguejo não é peixe,
por isso, me encare ou corra,
peleia pra lá de boa,
gente batuta de fato,
mas eu moro em lagoa
e não vou perder pra sapo!
pra me encarar no repente
caros poetas, lhes digo,
é preciso francamente,
mais talento que juízo,
pra rimar não leio bula,
e agora pago pra ver,
quem tem bala na agulha,
e garrafa pra vender!
quem de canequinha bebe
perde o impulso e o embalo,
o bom poeta se atreve
a entornar no gargalo,
eu só vim pra confirmar
que tenho balanço e ginga,
e também para avisar:
do baralho eu sou coringa!
AC de Paula
poeta e compositor
vou entrar nessa peleia
ver o diabo de perto,
começou a brincadeira,
disse o poeta são Beto,
eu rimo nos quatro cantos,
ares, mares, terras, céus,
me desculpem F.Santos,
Ana Maria, e Dunguel!
vejo gente muito boa
frequentando esse espaço,
por isso não venho a toa,
trago espora, faca, e laço,
minha rima não é fraca
no verso eu desembaraço,
laço, trago, espora e faca,
eu nunca perco o compasso!
vou revelar um segredo:
saudade mandou lembrança,
muita paixão, nenhum medo,
e eu entro nessa dança,
e verso assim do meu jeito
descarado e atrevido,
podem até achar defeito,
de nada disso eu duvido!
eu tenho o corpo fechado,
meu coração não tem tranca,
vive sempre apaixonado
e às vezes bota banca,
eu também finjo que canto,
minha voz não desafina,
para seduzir os encantos,
das donzelas, das meninas!
vou até o fim do mundo
se acaso preciso for,
nado no raso e no fundo,
mergulho em águas de amor,
me seguro no repente,
não sou nenhum vacilão,
quem quiser que se apresente,
tenho um verso sempre à mão!
bruxa, duende, gnomo,
se der um nó eu desfaço,
da laranja eu quero um gomo,
se for azeda, eu disfarço,
eu não sei fazer discurso,
no repente eu me garanto,
não perco a rota ou o curso,
é só dar o tom, que eu canto!
lenha se amarra em feixe,
caiaque não é canoa,
caranguejo não é peixe,
por isso, me encare ou corra,
peleia pra lá de boa,
gente batuta de fato,
mas eu moro em lagoa
e não vou perder pra sapo!
pra me encarar no repente
caros poetas, lhes digo,
é preciso francamente,
mais talento que juízo,
pra rimar não leio bula,
e agora pago pra ver,
quem tem bala na agulha,
e garrafa pra vender!
quem de canequinha bebe
perde o impulso e o embalo,
o bom poeta se atreve
a entornar no gargalo,
eu só vim pra confirmar
que tenho balanço e ginga,
e também para avisar:
do baralho eu sou coringa!
AC de Paula
poeta e compositor
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 07/03/2013
Alterado em 07/03/2013
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