MÃOS AO ALTO!
vou seguindo meu caminho, sem ódio, rancor, ou mágoa,
sem branco no colarinho, dando nó em pingo d’água,
eu engarrafo fumaça pra tentar ganhar algum,
mesmo sabendo que a praça está assim de 171!
não é força de expressão muito menos exagero,
pra segurar o rojão vou até enxugar gelo,
eu aqui nessa retranca sem relógio e sem patrão,
enquanto eles botam banca, dão risada, metem a mão!
Pode ser pura bobagem o meu verso de protesto,
se segura malandragem não é fácil ser honesto,
ninguém vê nem ouve nada lá pros lados do Planalto,
é muita grana roubada, e nem se diz: Mãos ao alto!
até onde a coisa vai? eu nem posso imaginar,
mas um dia a casa cai, é só sentar e esperar,
quem espera sempre alcança, ou cansa!
AC de Paula
poeta e compositor
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 30/11/2012
Alterado em 30/11/2012