sonhos, ilusões, quimeras,
lá nas lunares crateras,
jamais irão se abrir!
rosa, begônia, gerânio,
e cogumelos de urânio,
não crescem no mesmo jardim!
no ponteiro do relógio
ou no fiel da balança,
a esperança tênue dança
entre o peso e o compasso!
tanto eu queria dizer
antes de me dar um branco,
melhor no banco da praça
sentar e ocupar o espaço!
já que nada mais me resta,
não me chamaram pra festa,
e não se entra sem convite,
é melhor fazer do verso
o que melhor me aprouver,
e não meter a colher
pra não cometer acinte!