COTIDIANO !
todos cantam a sua terra
queria cantar a minha,
mas a poluição, acreditem,
calou-me o verso no peito,
eu tento, mas não tem jeito,
a fumaça me sufoca!
os painéis se iluminam,
minhas ilusões se apagam,
comerciais se propagam!
o carro em cima da faixa,
pedestre se arrisca e corre,
mercado Persa no retrovisor,
assalto no cruzamento,
mão direita no volante,
a esquerda no celular!
o transito engarrafado,
o estresse a flor da pele,
relaxar já não consigo,
me enforco na gravata!
cantar parece absurdo,
e me calo, fico mudo,
o som da cidade não para,
quero gritar que te amo,
a sirene mata a minha voz !
PROJETO DIGITAL BOOK
POESIA : IMAGEM E SOM
antologia
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 13/02/2007