eu escrevo diferente,
até assim meio torto
e por linhas sinuosas,
escondo em cada curva,
uma surpresa talvez!
as pretensões suntuosas
ajudam a compor a rima,
e o poema caminha
e por incrível que pareça,
já tem pés e tem cabeça,
tem meta e objetivo,
já existe um motivo,
e não verso jogado ao léu!
na metáfora me encontro,
e sigo no contraponto
do real e da razão,
assim cometo meus versos,
por motivos os mais diversos,
o diferente me apraz!
e leve como a espuma
das ondas ou da cerveja,
o meu poema almeja,
bater asas e voar,
mas tem medo de altura!