quem sabe do desatino
do desamor, da loucura,
de sair na madrugada
naquela louca procura,
levando o fogo de um beijo
que ainda arde na boca,
e um par de olhos de estrelas
tatuados na retina?
quem andou chutando lata
quando a saudade desata
o nó preso na garganta,
no ápice da rotina?
quem já viu a mariposa,
na luz do poste da esquina
na avenida do pecado,
escondendo uma lágrima?