TALVEZ !
talvez,
eu me embriague de saudade,
pra enfrentar a realidade,
pra fugir da solidão,
talvez,
tomara que não seja tarde,
pois no peito ainda arde,
a fogueira da paixão!
talvez,
até escreva um novo samba,
pra sair da corda bamba,
e não pensar no sofrimento,
talvez,
eu encha o caco de cerveja,
dê vexame, vire a mesa,
mas é coisa de momento!
talvez,
tristonho e arrependido,
eu vá chorar escondido,
que é pra ninguém perceber,
talvez,
é tão incerta essa certeza,
me acostume com a tristeza,
e me esqueça de você!
AC de Paula
poeta e compositor
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