TALVEZ!
já fui o espinho da rosa
já fui o perfume da flor
talvez, porto de esperança,
porém hoje nada sou
além de só um poeta
que viveu as emoções
das paixões desenfreadas,
que rimou em hora incerta,
e seu verso feito seta
acertou o centro do alvo,
talvez até sem querer,
sem nenhuma intenção,
mas desejar o impossível
hoje não faz mais sentido,
e não convém nessa altura
trafegar na contramão,
talvez na curva do tempo
a melodia da minha canção,
se encaixe na poesia do seu verso,
até lá, resta a saudade
do que foi e o que não foi,
do que talvez nunca seja,
e do que sempre valeu à pena!