PONTO G!
será que existe espaço
dentro de algum coração
para abrigar um verso,
um poema, uma canção
que fale de quase tudo
ou talvez de quase nada,
de um vagalume, da lua,
ou do orelhão da rua,
das crateras na calçada
ou da moça na janela
de ilusões enluarada,
que ardendo de desejo
quer os seus lábios sugados
pela volúpia de um beijo
sensual, quente, molhado,
e no apogeu do clímax
explodir sua voragem
no ponto G da paixão?
antonio carlos de paula
poeta e compositor