escrever é minha sina rimar é minha missão a poesia me ensina à cada dia uma lição, à navegar contra o vento, e trafegar na contramão!
a inspiração transborda e o poeta pinta e borda fala de amor e saudade de injustiça, sociedade, da constante impunidade no cenário da nação, que transcende à realidade, que supera a compreensão!
fala do meio ambiente pois não há mais quem aguente esta luta desigual do homem contra o universo, o universo é imenso, mas aqui comigo penso, meio preocupado e tenso, que o dano que homem lhe causa, um dia será fatal!
fala com muito cuidado do pacato cidadão, onibus e metrô lotados, calo, sapato furado, do eco dos oprimidos, na condução espremidos, dos grilhões da liberdade, dos porões da ditadura, dos tais valores morais, educação e cultura, saúde e democracia, falsidade, hipocrisia, dos programas sociais!
fala até da fantasia da vida louca e vazia, dos bares e seus boêmios, que exibem como prêmios suas tristezas e dores, cantada com galhardia, glória, honra e louvores do vencedor na conquista!
das baladas - "eu tô na pista!" agitando as emoções, questão de ponto de vista!
fala do tudo e do nada, do mendigo na calçada, de dragões e lagartixas, prostitutas e ladrões, de nóias e desvalidos, de mar-sol-flor e lua, de prelúdio e canções!
da mentira nua e crua, da verdade já nem tanto, com graça, forma e encanto, de um anjo torto ou de um santo, enrolado no seu manto de estrelas e luar, reluzente de esplendor!