JURO QUE EU VI!
pelas ilusões sagradas,
meninos, juro que eu vi,
um falcão de asas dadas
com um meigo colibri!
que encanto, que deslumbre,
podem acreditar em mim,
num bloco de brancas núvens,
ouvi cavacos e banjos,
e uma ala de anjos
batucando em tamborins!
vi estrelas cintilantes
na galáxia das passistas,
não é nenhum disparate,
a lua era porta estandarte
de brilho e ginga rara,
e o sol de sorriso aberto,
era seu par predileto,
reluzente mestre-sala!
vi um jacaré perneta,
soprando sua corneta,
dançando cheio de graça,
e a cascavel rebolando,
pela avenida cantando:
"me dê a mão, me abraça...!
o sapo e a perereca,
meio levada da breca,
de cuíca e reco-reco,
e o palhaço Craziville
vendo o estranho desfile,
por pouco não teve um treco!
pelas ilusões sagradas,
na vida nunca menti !
duelo de peixe-espadas,
as lâminas bem afiadas,
meninos, juro que eu vi!
antonio carlos de paula
poeta e compositor
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 19/08/2009
Alterado em 19/08/2009