devagar caminha o monge, e o poeta vai ao longe navegando no deserto, que fica ali bem perto da fronteira da fantasia, na esquina da realidade !
e a canoa das ilusões é feita com dois palitos, e no castelo dos aflitos, no calabouço, ou nas torres, ah! se tudo fossem flores, o que seriam dos espinhos? ah! se tudo fossem cores, pobre dos meus desatinos, dos meus versos em pretoe branco, e do meu sangue latino, vermelho feito rubi!
quem espera,tem paciência, que supera a incoerência que a curiosidade desperta!
cada um com o seu hábito, devagar caminha o monge, à divagar,vai o poeta !