CIRANDA !
o amor que tu me destes,
era frágil, de cristal,
no meu coração agreste,
não choveu, mas não faz mal !
se esta rua fôsse minha,
e o mar não fôsse azul,
ah! que vontade que eu tinha,
de ser palmeira da ilha,
namorando as estrelas,
do tal Cruzeiro do Sul!
Terezinha de Jesus,
bem me quer a Margarida,
o pensamento me conduz,
à uma estrada colorida,
onde a poeira é de prata,
as ilusões são de ouro,
ah! a saudade me mata,
da realidade, eu corro !
o cravo brigou com a rosa,
coisa à tôa, meio besta,
é que a rosa viu o cravo,
flertando com a borboleta!
e a canôa virou,
não deu mais pra segurar,
e a ciranda se acabou,
pois não há mais cirandar !
antonio carlos de paula
poeta e compositor
este poema foi musicado em 2014 por TAVINHO LIMMA
AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 19/01/2009
Alterado em 19/02/2014