hoje o acaso me chama eu vou perder o decôro, hoje vou pisar na grama só pra fazer desafôro, do leite, tomar a nata, chamar meretriz de santa, tirar o nó da gravata, tirar o nó da garganta !
hoje vai ser diferente, eu vou sair da rotina, vou beber cerveja quente, no boteco da esquina, fazer o que quero e penso, sem medir as consequências, sem ligar para o bom senso, sem peso na consciência!
hoje eu vou furar a fila, vou arrumar confusão, pois quem é que não vacila, nem perde a voz da razão, se a solidão se aproxima, e a paixão quase nos mata?
qualquer canção desafina, e o poeta desatina, fica assim, parece sina, chutando rimas e lata !