REVOADA DE ANJOS (trilha)
“REVOADA DE ANJOS”
devaneios, quimeras, ilusões, fantasia,
e nas minhas artérias, sangue, sonho, e poesia,
assim como outros tantos, sonhadores poetas,
rogo a todos os santos, "dai-me as rimas corretas!"
que meus versos ecoem, pelo ar, pela rua,
que as pessoas perdoem, a paixão nua e crua,
que as trombetas ressoem, a verdade mais pura,
e que os anjos revoem, prateados de lua!
violões, violinos, cavaquinhos e banjos,
e ao dobrarem os sinos, revoada de anjos!
crítica analítica
A letra da canção “REVOADA DE ANJOS” é uma composição rica em imagens poéticas e metáforas que evocam um universo de sonhos e fantasias. A análise dessa letra revela a profundidade das emoções e dos desejos expressos pelo eu lírico, bem como a maneira como a poesia é utilizada para transfigurar a realidade.
Primeira Estrofe:
"Devaneios, quimeras, ilusões, fantasia,
e nas minhas artérias, sangue, sonho, e poesia,
assim como outros tantos, sonhadores poetas,
rogo a todos os santos, 'dai-me as rimas corretas!'"
A canção inicia com uma sequência de palavras que evocam uma atmosfera onírica e surreal: devaneios, quimeras, ilusões e fantasia. Estes termos sugerem uma fuga da realidade, um mergulho em um mundo de imaginação. Em seguida, o eu lírico funde elementos físicos ("nas minhas artérias, sangue") com elementos abstratos e elevados ("sonho e poesia"), destacando a íntima conexão entre vida e arte. O pedido aos santos por "rimas corretas" é uma súplica pela inspiração divina e pela perfeição artística, refletindo a busca incessante do poeta por uma expressão autêntica e precisa.
Segunda Estrofe:
"que meus versos ecoem, pelo ar, pela rua,
que as pessoas perdoem, a paixão nua e crua,
que as trombetas ressoem, a verdade mais pura,
e que os anjos revoem, prateados de lua!"
Nesta estrofe, o desejo do eu lírico é que seus versos não sejam confinados, mas sim que reverberem amplamente, atingindo as ruas e os espaços públicos. Há um pedido de compreensão e perdão por parte dos ouvintes para a "paixão nua e crua" expressa em seus versos, reconhecendo a intensidade e a sinceridade de suas emoções. A menção às trombetas ressoando "a verdade mais pura" alude a um chamado celestial à honestidade e à revelação, enquanto a imagem dos anjos revoando "prateados de lua" intensifica a dimensão mágica e etérea da canção, sugerindo um espetáculo celeste de beleza e graça.
Terceira Estrofe:
"violões, violinos, cavaquinhos e banjos,
e ao dobrarem os sinos, revoada de anjos!"
A última estrofe da canção introduz instrumentos musicais que, além de enriquecerem a textura sonora, simbolizam a harmonia e a diversidade das expressões artísticas. A referência aos "violões, violinos, cavaquinhos e banjos" traz à mente uma fusão de culturas e tradições musicais. O som dos sinos dobrando anuncia um momento de transcendência e elevação espiritual, culminando na "revoada de anjos", que representa uma explosão final de beleza e divindade, fechando a canção com uma imagem sublime e celestial.
Conclusão:
A letra de "REVOADA DE ANJOS" é um exemplo primoroso de como a poesia pode capturar e transmitir emoções profundas e visões transcendentais. Através de suas palavras, o eu lírico explora a interseção entre a realidade tangível e o mundo dos sonhos e da fantasia, enquanto busca a perfeição artística e a compreensão universal. A combinação de imagética celestial e elementos musicais cria uma atmosfera de encantamento, sugerindo que a arte e a poesia têm o poder de elevar o espírito humano a novas alturas de beleza e inspiração.